sábado, 29 de novembro de 2008

Together we stand... devided, we fall!


Já tive a oportunidade de estar em Santa Catarina várias vezes. As praias são lindas, as pessoas são hospitaleiras. Todos nós, de outros estados, lamentamos muito o que está acontecendo por lá. Mas acho legal a mobilização dos estados para ajudar Santa Catarina. Mais uma vez o Brasil dá exemplo de cidadania, de respeito ao próximo, de irmandade. Isso me fez lembrar, entre outras coisas, aquela besteira do pessoal do sul querer se emancipar do Brasil, tornando-se um país independente e tals... não vou entrar no mérito de se é possível ou não, se eles são capazes de ser um país desenvolvido e o diabo a 4... mas é bobagem separar irmãos. Por mais que seja uma questão econômica, por mais que já haja um sentimento separatista, é nessas horas de desgraças que vemos que, unidos, somos mais fortes. Não existe isso de independência: vivemos num coletivo, devemos sempre nos unir, sempre precisaremos uns dos outros. Enquanto queremos nos separar aqui, a Europa cria a união européia para justamente facilitar as coisas e diminuir a separação causada pelas fronteiras... e alias: fronteiras são imaginárias, na realidade estamos todos pisando em um mesmo chão e sob um mesmo céu. O que te faz querer se separar de outras culturas, de outros povos? O que te faz pensar que é melhor sozinho, com os seus..?


Fiquei muito emocionada quando passou no jornal nacional uma paulista distribuindo comida em santa catarina. Questionada do porque ela viria de tão longe para ajudar, ela chorou e disse "a gente se sensibiliza com a dor dos outros... não desejo isso pra ninguém!" Puxa.. uma pessoa larga tudo pra ajudar... é de uma nobreza sem tamanho. Somos todos irmãos, temos que valorizar a nossa gente, a nossa cultura, a nossa educação e nos unir cada vez mais.


Ouçam Hey You, do Pink Floyd.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Just make sure we keep... TALKING!


--- dissertação que fiz para a matéria de faculdade, Semiótica (reproduzida parcialmente para poupa-los dos termos técnicos...):

"A comunicação é inerente ao ser vivo. Todo aquele que existe no planeta necessita comunicar-se de alguma forma para o pleno funcionamento de um ciclo o qual ele se faz presente. O homem é um animal cuja comunicação é altamente desenvolvida por uma necessidade biológica de se viver em um coletivo. Assim, o homem sobreviveu às adversidades da natureza em seu período mais primitivo e se fez o mais forte dos animais devido a sua capacidade de viver em conjunto e organizar-se por meio da comunicação.
A comunicação, portanto, é o elemento-chave para a existência do homem. Com a evolução da espécie, houve a evolução também no ato de comunicar-se e, hoje, podemos observar não só uma variedade de meios, mas também uma variedade de formas as quais usamos para nos comunicar. Aí vem a função primordial da Semiótica. Captar as mensagens por traz das ideias, perceber as peculiaridades da fala, dos pensamentos humanos, fazendo da comunicação não só um instrumento, mas uma arte".

E digo mais: ontem, a fala era uma arma para sobreviver às adversidades naturais do mundo; hoje, ela é uma arma para se alcançar o poder e manipular os demais. Usamos a fala como arma para machucar as pessoas já que não nos deixam usar facas e revolveres, embora algumas vezes as palavras machuquem ainda mais do que uma facada ou uma bala.
Ontem, nos esforçávamos para ser compreendidos e se fazer entender entre os grunhidos primitivos da idade da pedra. Hoje, a dominamos e continuamos não nos fazendo entender. Ontem, gritávamos e esbravejávamos diante dos inimigos para os assustar. Hoje, o silêncio é que é assustador. A evolução da comunicação humana é plenamente perceptível, o que nos falta saber agora é se essa evolução que nos beneficiou tanto no passado não teria nos corrompido no presente, nos tornando menos expressivos do que um cachorro, que é capaz de se fazer entender com os olhos.

Ouçam Keep Talking, do Pink Floyd.

domingo, 16 de novembro de 2008

Penso, logo, existo!


Penso, logo existo.
Se lembro, não resisto. Misto de calor, de amor, de maldade,
que saudade do seu jeito frio e lindo.

Penso, logo sinto.
Minto pros outros, que não são nada. Minto pra eles porque não admito.
Minto pro sol e pra lua, mas pra você sou transparente, sou sua.
Na mente que sente o mesmo que eu e não mente.

Penso e sorrio pro rio que corre largo...
e o tchau amargo de outro dia dói no peito.
Lembro disso quando deito e também quando atendo o telefone e é você do outro lado.
Meu namorado lindo. Estou vindo a uma nova realidade, a outro plano,
meu plano tão intenso dentro de mim.. Vai ter fim?

Penso, logo choro, a hora passa...
O sol que já arde lá na avenida, mas anoiteceu pra mim.
Quero dormir. Sonho faz tempo com o tempo bom que estou vivendo..
E rio a toa.. a hora voa e sentem a minha falta,
e me falta coragem pra sair de perto dele.

Penso... Pensem junto, pensem bem:
Quem mais não quer sentir-se assim?
Quem é feliz sendo solteiro?
Se sente inteiro à meia-noite?
Se sente quente no frio noturno?
Se sente bem sem alguém ao lado?
Bem-humorado? Sem ninguém para rir junto?
E tem assunto o solitário?
Fala sozinho pelos cantos e tem medo do escuro.
Se sente só o tempo todo mesmo com todos os vizinhos.
Mesmo rodeado de amigos.
Se sente só porque o é de fato.
O cara não é nada, alguém anônimo,
sem graça.. de graça...

Penso... e desligo.

Ísis Brito.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Batalha diária dos vagalumes!



Escolhi este nome para o blog, como já disse no primeiro post, por causa de um poema que escrevi há algum tempo atrás e, não que eu idolatre minha própria arte, mas é que a idéia que o vagalume me passa é bastante reflexiva pra mim, um exemplo mesmo para muitos casos à minha volta e para mim mesma em alguns aspectos. O vagalume é um bicho impressionante, lindo, mas apenas algumas pessoas param para prestar atenção nele, já que ele só brilha anoite e está sempre tão escondido... mas mesmo com aquela luz tênue e trêmula, ele aparece reluzente no mato, na escuridão.

As pessoas, muitas delas, são assim. Elas têm uma luz própria só perceptiva pra quem é atento, pra quem gosta de observar os outros, não para apontar defeitos, mas para seguir exemplos. Algumas pessoas jamais são notadas e se sentem sozinhas. Conheço pessoas assim, que lamentavelmente não têm o valor reconhecido sabendo que são merecedoras... e conheço o oposto também, gente mesquinha e prepotente que quer aparecer mais do que qualquer outra pessoa e passa pelos outros como se não fossem nada.

Esse post é dedicado a elas, às pessoas que querem ofuscar o brilho dos outros, àquelas que não respeitam o brilho de cada um. O vagalume tem um brilho falho e tímido, mas pelo menos ele não tem medo do escuro. Quem não tem luz própria e se destaca apenas por cobrir a luz dos outros dorme no breo e sozinho. O vagalume vive em bando porque é agradável e contagiante e acima de tudo, humilde - mas não medíocre.

Resumindo (mais objetivamente), é bom você buscar se destacar em alguma coisa sozinho e valorizar o talento das outras pessoas, pois todo mundo tem algum talento. Não, você não é melhor do que ninguém, e se continuar achando que sempre vai ter um otário pra você montar encima e 'chupar' o que ele tem de mais essencial só para que as atenções se volte pra você, quer dizer que você é o pior, a coisa mais inútil que existe e não o contrário. Tem gente que se acha esperto fazendo isso ainda por cima, cara! É pra acabar com o dia de qualquer pessoa mesmo.

E só pra finalizar, parece até que essas pessoas me irritam, mas na verdade eu tenho é pena delas... no fim, essa gente faz isso porque depende da atenção dos outros pra viver... é como se vivessem em função da opinião alheia a respeito delas, e isso é triste. Gente assim não é feliz, está sempre querendo agradar, está sempre preocupada com o que acham dela, vive nessa adrenalina. E claro, vive competindo...

Creio que todos queremos ser bem aceitos pela sociedade, é normal chatear-se um pouco quando alguém te faz uma crítica, mas pra essas pessoas, uma crítica é a morte - e não costumam aceita-la, inclusive... tudo é 'inveja'. Rsrsrsrs, fods.

Bom, isso é apenas um desabafo e uma posição sobre os não-vagalumes. Passar bem.
(Desenho de Charles Steuck)
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