sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Indo para a Europa em boa companhia!

   Air France... Muita gente tem aquele medinho de avião e ele só piora quando você precisa fazer uma longa viagem com uma companhia de avião conhecida por um grave acidente... Esse foi meu caso.
Antes de comprar o bilhete, resolvi dar uma pesquisada e encontrei pouca coisa sobre a companhia, apenas sobre o acidente de alguns anos atrás (2009 acho), o que só me deixou mais assustada. Mas, se você é um leitor atento, percebeu que estou aqui escrevendo esse texto e que portanto, de duas, uma: Ou eu acabei não fazendo a tal viagem, ou fiz e não morri. Sim, a segunda opção é a correta! :)
Então, foi aí que tive a ideia de deixar registrado os prós e contras dessa e de outra viagem que fiz num passado recente caso alguém esteja com dúvidas em viajar "nessa ou naquela companhia".
Vou começar com a TAP, a primeira companhia aérea com a qual tive o prazer de voar!



A TAP é uma companhia de Portugal e, portanto, possui uma tripulação composta por portugueses (ao menos em sua maioria, creio eu). Viajei com eles em Julho de 2011. Julho, para quem não sabe, é considerada alta temporada para viagens à Europa porque é verão por aquelas bandas, mas não sei se isso interfere na qualidade do voo. No momento, todos foram muito simpáticos, atenciosos e eficientes, serviram refeições muito gostosas (que agora não me recordo quais), mas apenas três refeições em 12 horas de voo, nada nos intervalos...
Achei o voo bem tranquilo, poucas turbulências, e também havia televisõezinhas individuais com filmes que sequer ainda estavam em cartaz no Brasil, também tinha uma tela grande perto dos banheiros mostrando o caminho já percorrido pelo avião e o quanto ainda faltava, além de música gostosa para ouvir. Achei as poltronas espaçosas se comparadas com as de outras companhias. Apesar do preço salgadinho da passagem, o avião foi lotado, gente com bagagens enormes, crianças chatinhas, mas num geral, foi um voo agradável. O aeroporto de Portugal fica dentro de Lisboa, o que permite que você consiga ver a cidade quando está pousando. Mas uma vez lá, meu amigo, aí sim a coisa fica feia. De repente, os portugueses gatinhos e simpáticos somem, você acaba se deparando apenas com gente mal educada, com má vontade, que te trata como se estivessem te fazendo um imeeeenso favor. Ninguém sabe te informar nada direito apesar de falarem a mesma língua que você. Além do fato que o lugar é gigante, bagunçado, e você caminha, caminha, caminha e parece estar chegando a lugar nenhum. Na imigração, onde te liberam ou te devolvem pro seu país, os portugueses estavam com aquelas caras carrancudas insuportáveis típicas de oficiais que se sentem os seres mais importantes da face da Terra. Olha, não seria exagero comparar aquele lugar com o que descrevem do inferno, viu...

Agora, a Air France. 

Bom, nem preciso dizer que fui morrendo de medo né..
Até tive pesadelos e tive quase certeza que estava pressentindo o pior. Mas na verdade, se formos parar pra pensar, neste momento há sei lá quantos aviões da Air France no céu e tem sido assim desde o acidente. Se você quiser escolher uma companhia prezando pela segurança, então deve mesmo escolhê-la, já que, pela lógica, eles devem tomar ainda mais cuidado com isso depois do ocorrido. Certo?
Dito isso, entrei no avião com o ** na mão e torcendo para dar tudo certo. Deu mais certo do que imaginava. A companhia é francesa e holandesa, mas a tripulação sabia português. Ainda assim, um dos mocinhos franceses da tripulação me ensinou a falar "Je peux aller à toilettes, s'il vous plaît?" ("Posso ir ao banheiro, por favor?"). Mas não posso dizer que eram tão simpáticos e amigáveis quanto a tripulação portuguesa, não.
A comida era muito boa, também três refeições principais, mas a tripulação ofereceu aperitivos o tempo todo e estava à sua disposição sempre que te desse na telha. Eu, por exemplo, fui comendo amendoins franceses (tipo japonês, com casquinhas de todas as cores e sabores... mmm) e tomei vinho, champagne, meus vizinhos tomaram cerveja, refrigerante, água, sucos, biscoitinhos, café, chá, enfim, eles te serviam de praticamente qualquer coisa, era só pedir. Só não tirei mesmo a barriga da miséria ali porque era complicado ficar pedindo licença pras pessoas pra ir até o banheiro, uma vez que eu estava no meio. Aliás...
As poltronas eram bem apertadas, não tinha muito lugar pra pôr os pés e eu fiquei ainda pior que os outros porque preferi colocar minha bagagem de mão debaixo da poltrona ao invés de colocar no bagageiro de cima. Mas haviam filmes que estão em cartaz agora na Europa, como por exemplo a animação Lorax (quando sair em cartaz no Brasil, não percam! Muuuuito legal ^^), tinha também filmes antigos brasileiros, comédias românticas,  alguns episódios de Friends (!!!) e de outras séries famosas, além de todo tipo de música (você podia escolher o tipo de música, se queria alguma estação de rádio, cd ou uma seleção de videoclipes. Eu ouvi um cd inteiro do Michael Jackson e vi uma das seleções de clipes, que incluíam a fofa 'Somebody that I used to know' do Gotye)! E ainda tinha joguinhos para jogar, um pouco infantis, mas eu me diverti com o come-come. Não explorei muito os jogos, mas como o controle da tv se transformava em um joystick da nintendo (juro!), creio que havia jogos legais sim.

Houveram muitas turbulências e eu fiquei apavorada, mas as televisões (que também eram individuais) possuía um canal que alternava informações sobre a viagem (temperatura externa, altitude, latitude, hora local, tempo de voo e previsão da hora de chegada), depois a tragetória do avião em diferentes ângulos e, por fim, a vista externa a partir de uma câmera acoplada ao avião. É.
A viagem foi, portanto, ainda mais agradável do que com a também bastante agradável TAP. Ambas são companhias boas e um tanto carinhas, mas sem sombra de dúvidas, o que faz mesmo a Air France ser a favorita aqui é o atendimento no aeroporto de Paris. Só de lembrar do aeroporto português me vem uma ânsia. Em Paris não... todos muito cordiais, atenciosos, sempre dispostos a ajudar... se são capazes disso, aí já é outra história.
Uns me disseram que eu tinha que pegar minha bagagem lá mesmo, e me mandavam ir pra tal lugar do aeroporto. Chegando lá, outros me diziam que não, que eu deveria pegar minha bagagem no ponto final da viagem, ou seja, na Bélgica, que então eu deveria ir para o lugar de embarque de aviões. Chegando lá, neguim me disse que eu ía de trem e não de avião, e que eu precisava da minha bagagem, e lá ía eu para estaca zero. Mas em nenhum momento as pessoas me trataram mal ou com má vontade, portanto, sequer fiquei puta com a falta de organização deles. Teve um moço que me viu com as bagagens e foi me pedir desculpas por ter dito que eu deveria pegá-las na Bélgica! Em Portugal, esquece, isso jamais aconteceria, certamente o cara ía rolar os olhos pra cima e dar de ombros (adoro essa expressão! :-P).

Enfim, espero que esse text(ã)o ajude a você, leitor aflito, a decidir-se melhor quando precisar escolher entre essas duas companhias ou quando quiser saber mais sobre uma delas. :)


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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Carta sobre a felicidade


...à Meneceu

Epicuro envia suas saudações a Meneceu.

Que ninguém hesite em se dedicar à filosofia enquanto jovem, nem se canse de fazê-lo depois de velho, porque ninguém jamais é demasiado jovem ou demasiado velho para alcançar a saúde do espírito. Quem afirma que a hora de dedicar-se à filosofia ainda não chegou, ou que ela já passou, é como se dissesse que ainda não chegou ou que já passou a hora de ser feliz. Desse modo, a filosofia é útil tanto ao jovem quanto ao velho: para quem está envelhecendo sentir-se rejuvenescer através da grata recordação das coisas que já se foram, e para o jovem poder envelhecer sem sentir medo das coisas que estão por vir; é necessário, portanto, cuidar das coisas que trazem a felicidade, já que, estando esta presente, tudo temos, e, sem ela, tudo fazemos para alcançá-la. Pratica e cultiva então aqueles ensinamentos que sempre te transmiti, na certeza de que eles constituem os elementos fundamentais para uma vida feliz.

Em primeiro lugar, considerando a divindade como um ente imortal e bemaventurado, como sugere a percepção comum de divindade, não atribuas a ela nada que seja incompatível com a sua imortalidade, nem inadequado à sua bem-aventurança; pensa a respeito dela tudo que for capaz de conservar-lhe felicidade e imortalidade.

Os deuses de fato existem e é evidente o conhecimento que temos deles; já a imagem que deles faz a maioria das pessoas, essa não existe: as pessoas não costumam preservar a noção que têm dos deuses, ímpio não é quem rejeita os deuses em que a maioria crê, mas sim quem atribui aos deuses os falsos juízos dessa maioria. Com efeito, os juízos do povo a respeito dos deuses não se baseiam em noções inatas, mas em opiniões falsas. Daí a crença de que eles causam os maiores malefícios aos maus e os maiores benefícios aos bons. Irmanados pelas suas próprias virtudes, eles só aceitam a convivência com os seus semelhantes e consideram estranho tudo que seja
diferente deles.


Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efémera, sem querer acrescentar-lhe tempo infinito e eliminando o desejo de imortalidade.

Não existe nada de terrível na vida para quem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver. É tolo portanto quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria espera: aquilo que não nos perturba quando presente não deveria afligir-nos enquanto está sendo esperado.

Então, o mais terrível de todos os males, a morte, não significa nada para nós, justamente porque, quando estamos vivos, é a morte que não está presente; ao contrário, quando a morte está presente, nós é que não estamos. A morte, portanto, não é nada, nem para os vivos, nem para os mortos, já que para aqueles ela não existe, ao passo que estes não estão mais aqui. E, no entanto, a maioria das pessoas ora foge da morte como se fosse o maior dos males, ora a deseja como descanso dos males da vida.

O sábio, porém, nem desdenha viver, nem teme deixar de viver; para ele, viver não é um fardo e não-viver não é um mal.

Assim como opta pela comida mais saborosa e não pela mais abundante, do mesmo modo ele colhe os doces frutos de um tempo bem vivido, ainda que breve.

Quem aconselha o jovem a viver bem e o velho a morrer bem não passa de um tolo, não só pelo que a vida tem de agradável para ambos, mas também porque se deve ter exatamente o mesmo cuidado em honestamente viver e em honestamente morrer. Mas pior ainda é aquele que diz: bom seria não ter nascido, mas, uma vez nascido, transpor o mais depressa possível as portas do Hades.

Se ele diz isso com plena convicção, por que não se vai desta vida? Pois é livre para fazê-lo, se for esse realmente seu desejo; mas se o disse por brincadeira, foi um frívolo em falar de coisas que brincadeira não admitem.

Nunca devemos nos esquecer de que o futuro não é nem totalmente nosso, nem totalmente não-nosso, para não sermos obrigados a esperá-lo como se estivesse por vir com toda a certeza, nem nos desesperarmos como se não estivesse por vir jamais. Consideremos também que, dentre os desejos, há os que são naturais e os que são inúteis; dentre os naturais, há uns que são necessários e outros, apenas naturais; dentre os necessários, há alguns que são fundamentais para a felicidade, outros, para o bem-estar corporal, outros, ainda, para a própria vida. E o conhecimento seguro dos desejos leva a direcionar toda escolha e toda recusa para a saúde do corpo e para a serenidade do espírito, visto que esta é a finalidade da vida feliz: em razão desse fim praticamos todas as nossas ações, para nos afastarmos da dor e do medo.

Uma vez que tenhamos atingido esse estado, toda a tempestade da alma se aplaca, e o ser vivo, não tendo que ir em busca de algo que lhe falta, nem procurar outra coisa a não ser o bem da alma e do corpo, estará satisfeito. De fato, só sentimos necessidade do prazer quando sofremos pela sua ausência; ao contrário, quando não sofremos, essa necessidade não se faz sentir.

É por essa razão que afirmamos que o prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Com efeito, nós o identificamos como o bem primeiro e inerente ao ser humano, em razão dele praticamos toda escolha e toda recusa, e a ele chegamos escolhendo todo bem de acordo com a distinção entre prazer e dor.

Embora o prazer seja nosso bem primeiro e inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advêm efeitos o mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas dores por muito tempo. Portanto, todo prazer constitui um bem por sua própria natureza; não obstante isso, nem todos são escolhidos; do mesmo modo, toda dor é um mal, mas nem todas devem ser sempre evitadas. Convém, portanto, avaliar todos os prazeres e sofrimentos de acordo com o critério dos benefícios e dos danos. Há ocasiões em que utilizamos um bem como se fosse um mal e, ao contrário, um mal como se fosse um bem.

Consideramos ainda a auto-suficiência um grande bem; não que devamos nos satisfazer com pouco, mas para nos contentarmos com esse pouco caso não tenhamos o muito, honestamente convencidos de que desfrutam melhor a abundância os que menos dependem dela; tudo o que é natural é fácil de conseguir; difícil é tudo o que é inútil.

Os alimentos mais simples proporcionam o mesmo prazer que as iguarias mais requintadas, desde que se remova a dor provocada pela falta: pão e água produzem o prazer mais profundo quando ingeridos por quem deles necessita. Habituar-se às coisas simples, a um modo de vida não luxuoso, portanto, não só é conveniente para a saúde, como ainda proporciona ao homem os meios para enfrentar corajosamente as adversidades da vida: nos períodos em que conseguimos levar uma existência rica, predispõe o nosso ânimo para melhor aproveitá-la, e nos prepara para enfrentar sem temor as vicissitudes da sorte.

Quando então dizemos que o fim último é o prazer, não nos referimos aos prazeres dos intemperantes ou aos que consistem no gozo dos sentidos, como acreditam certas pessoas que ignoram o nosso pensamento, ou não concordam com ele, ou o interpretam erroneamente, mas ao prazer que é ausência de sofrimentos físicos e de perturbações da alma. Não são, pois, bebidas nem banquetes contínuos, nem a posse de mulheres e rapazes, nem o sabor dos peixes ou das outras iguarias de urna mesa farta que tomam doce uma vida, mas um exame cuidadoso que investigue as causas de toda escolha e de toda rejeição e que remova as opiniões falsas em virtude das quais uma imensa perturbação toma conta dos espíritos. De todas essas coisas, a prudência é o princípio e o supremo bem, razão pela qual ela é mais preciosa do que a própria filosofia; é dela que originaram todas as demais virtudes; é ela que nos ensina que não existe vida feliz sem prudência, beleza e justiça, e que não existe prudência, beleza e justiça sem felicidade.

Porque as virtudes estão intimamente ligadas à felicidade, e a felicidade é inseparável delas.

Na tua opinião, será que pode existir alguém mais feliz do que o sábio, que tem um juízo reverente acerca dos deuses, que se comporta de modo absolutamente indiferente perante a morte, que bem compreende a finalidade da natureza, que discerne que o bem supremo está nas coisas simples e fáceis de obter, e que o mal supremo ou dura pouco, ou só nos causa sofrimentos leves? Que nega o destino, apresentado por alguns como o senhor de tudo, já que as coisas acontecem ou por necessidade, ou por acaso, ou por vontade nossa; e que a necessidade é incoercível, o acaso, instável, enquanto nossa vontade é livre, razão pela qual nos acompanhara a censura e o louvor? Mais vale aceitar o mito dos deuses, do que ser escravo do destino dos naturalistas: o mito pelo menos nos oferece a esperança do perdão dos deuses através das homenagens que lhes prestamos, ao passo que o destino é uma necessidade inexorável.

Entendendo que a sorte não é uma divindade, como a maioria das pessoas acredita (pois um deus não faz nada ao acaso), nem algo incerto, o sábio não crê que ela proporcione aos homens nenhum bem ou nenhum mal que sejam fundamentais para uma vida feliz, mas, sim, que dela pode surgir o início de grandes bens e de grandes males. A seu ver, é preferível ser desafortunado e sábio, a ser afortunado e tolo; na prática, é melhor que um bom projeto não chegue a bom termo, do que chegue a ter êxito um projeto mau.

Medita, pois, todas estas coisas e muitas outras a elas congêneres, dia e noite, contigo mesmo e com teus semelhantes, e nunca mais te sentirás perturbado, quer acordado, quer dormindo, mas viverás como um deus entre os homens. Porque não se assemelha absolutamente a um mortal o homem que vive entre bens imortais.

Tradução baseada na edição de G. Arrighetti. Epicuro. Opere: Torino, 1973.

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terça-feira, 15 de maio de 2012

What if I'm alone?


Eu não gosto muito de discutir religião, sabe... acho esse assunto um tanto pessoal e que deve ser respeitado como opção de cada um e ponto. Eu me interesso pelo assunto, ouço o que as pessoas têm a me dizer, mas nunca julgo a escolha de ninguém.
Se você quer saber a minha religião, eu não sei. Não sei se acredito em qualquer doutrina, não sei se acredito em Deus, e não posso dizer que sou ateia também. NÃO SEI, e não vejo problema nenhum nisso.

Outro dia, vi uma matéria do Yahoo sobre um menino australiano, o Shaun, de 17 anos, que fez um vídeo e o publicou no Youtube dando adeus ao mundo e agradecendo as pessoas que lhe deram força. Ele tem uma doença cardíaca incurável e os médicos lhe deram apenas mais algum (pouco) tempo de vida. 
Se eu não sei minha religião, sei menos ainda o por que eu sempre (SEMPRE) vejo os comentários das pessoas de qualquer publicação na internet. É sempre muito frustrante. Tanta gente falando asneira... mas no caso desse vídeo tocante do Shaun, o sentimento que me veio foi além da frustração. Muita gente desejava melhoras ao menino e tentava lhe confortar dizendo que há um propósito divino para que tudo isso aconteça. Então, os ateus comentavam os comentários dessas pessoas dizendo que são idiotas em ficar dando esperança ao menino baseado em Deus, "esse ser inexistente e que habita apenas o imaginário humano".
Se é imaginário ou não, como já disse, eu não sei. Mas realmente, os ateus vivem clamando a atenção geral para o fato de que não são respeitados pelos religiosos, quando na maioria das vezes são eles que eu vejo desrespeitando a fé alheia. Uma coisa é você não acreditar, outra coisa é você ter raiva de quem acredita. Se alguém poderia se ofender com os desejos de melhoras ao Shaun baseado no divino, esse alguém deveria ser o próprio Shaun! Eu não consigo entender o que motiva esses ateus a destruir as esperanças dessas pessoas! 
Um dos comentários dos ateus era de que 'a religião só serve para controlar as massas' mas eu não vejo dessa forma, eu vejo sim muitas pessoas vivendo de forma saudável porque acreditam em uma força maior e de forma alguma sendo controladas por um padre ou líder espiritual qualquer. Eu vejo pessoas largando dos vícios, perdendo medos inúteis e desejando o bem ao outro graças à fé. E no caso do vídeo do menino, as pessoas usando suas religiões para confortar o garoto, então, ateus revoltados, revisem seus conceitos a respeito das religiões porque elas não são APENAS usadas para controlar as massas. 

Eu sei tanto quanto você que as religiões causam guerras, que o catolicismo já causou inúmeros assassinatos (quando não matou com as próprias mãos) 'em nome de Deus' e até hoje muitos usam desse discurso religioso para tirar dinheiro dos mais pobres e dominar grandes massas. Isso existe, é claro, não só em instituições religiosas, mas em muitas outras. Mas o ateu preocupado com a alienação dessas massas não age dessa forma, tão intolerante quanto os religiosos que geram violência. A intolerância religiosa também tem sido gerada por ateus, e isso é realmente desprezível, pois o ateu normalmente usa o argumento de que não há lógica para acreditar em Deus, mas onde há lógica em se comportar como os religiosos irracionais que ele tanto detesta?

Deixo aqui meu desabafo quanto à intolerância religiosa e um apelo aos ateus que têm raiva das pessoas que tem fé: se quer mesmo seguir adiante, estudo um pouco sobre antropologia, filosofia, esses estudos que procuram entender a mente e o ser humano, e você vai ver que a fé, Deus e entidades fantásticas sempre povoaram a mente humana das mais diversas maneiras, nas mais diversas civilizações, é algo nato do homem, quase que inerente a ele. Hoje vivemos um momento mais realista, em que o número de ateus tem crescido (ao menos é o que eu percebi), mas não julgue as pessoas que ainda acreditam. Essas entidades fantásticas podem não existir, mas confortam as pessoas, aliviam suas angústias, as fazem bem, então o que você tem a ver com isso? Por acaso você está fazendo alguma coisa lógica e realista para ajudar alguém? Para aliviar tais angústias? Por acaso você conhece algo que possa substituir tudo o que Deus representa na vida dessas pessoas? Não consegue compreender, com toda a sua 'inteligência', que Deus é a terapia dessas pessoas?

Só Deus sabe como eu queria ter a fé que essas pessoas têm. Elas vivem muito melhor do que eu, sem medo da morte, sem medo do abandono, acreditando sempre que há um pai amoroso e misericordioso olhando por elas. Seria, definitivamente, um alívio.

*Ouçam Spirit of the Plants, da Lisa Thiel, não só porque é uma música sobre o paganismo mas também porque ela narra a sensação daqueles que têm fé.

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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Amor é isso



Ter amor é ter medo de perder, é cuidar com zelo, é se guardar.
Ter amor é ter paciência, tolerância, é pensar no outro.
Ter amor é ter compaixão, piedade, é sentir a dor do outro.
Ter amor é ter vida, ter alegria, é saber que já se vive em um mundo doente e que não precisamos tornar isso tudo mais amargo do que já é.
Ter amor é ter ternura, cumplicidade, é encontrar vontade de brincar e sorrir a qualquer hora do dia.

Porque o amor tem o poder de curar qualquer mau-humor.
Ele elimina os sentimentos vingativos e o rancor.

Os amor existe de várias formas e tamanhos, 
desde aquele sentimento mais singelo
até aquele que não cabe dentro de nós. 
Quem ama, espera, perdoa, tem fé que tudo vai dar certo.
Quem ama, sente de verdade... 
Não é uma simples simpatia, uma simples alegria, um simples querer bem.
É tudo isso eclodindo dentro de você de forma singela.

Quem ama, meu amigo, supera tudo.
E não deseja o mal à ninguém.
Nem mesmo por justiça.

Quem ama sabe que nada de ruim merece atenção.
Quem ama tem é pena dos maus, eles simplesmente estão perdidos no mundo, é só isso.
Quem ama não espera colher o que está plantando, porque sabe que alguém um dia o fará.
E é isso que importa.

Quem ama... aprendeu sua lição e cumpriu sua missão.

Ísis Brito.
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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Dia do Índio



O dia do índio é um dia a ser celebrado, realmente. Com uma cultura tão diferente da nossa, eles aprendem, dia após dia, a viver conforme a cultura da região, e nós vamos esquecendo de acrescentar no nosso dia a dia as principais características de uma civilização tão ligada a natureza.

Os índios normalmente são entendidos pela maioria como cidadãos primitivos, mas esse conceito antropológico já caiu em desuso há algum tempo.

Está errado aquele que ainda tem a antiga de ideia de que todos os seres humanos passaram pelo mesmo processo de evolução, em que fomos macacos, evoluímos para índios, evoluímos para civilizados e devemos, agora, acompanhar os europeus, seres mais evoluídos existentes. Cada raça tem suas características e todo mundo que reside neste universo está nivelado com a civilidade do outro, ou seja, esqueça essa de 'sou mais evoluído que eles'. Estamos no mesmo grau de evolução.

Ser evoluído não significa estar por dentro das ultimas inovações tecnológicas, mas sim, ter um sistema de comunicação mais eficiente. A partir do momento em que todos os homens se entendem por meio da fala, da linguagem, ele está no mesmo grau de evolução que os demais. Talvez o próximo grau de evolução seja todos os homens falando todas as línguas e entendendo uns aos outros mutuamente, quem sabe...

Mas, ainda que estar por dentro das inovações tecnológicas e deter o conhecimento de outras línguas fossem mesmo sinal de civilidade , ainda assim, o índio estaria no mesmo grau de civilidade que os demais: muitas tribos indígenas atuais conhecem não só sua língua nativa, mas também outras línguas, como é o caso da tribo de Avaí, próximo aqui, Bauru, SP. Eles falam a língua tribal, o português, inglês e muitos sabem também o espanhol. Possuem carros, motos, tvs, usam roupas das marcas que lhe agradam, trabalham, fazem faculdade, mestrado, enfim, aderiram aos costumes da cultura em que estão inevitavelmente inseridos, sem perder seus laços com a cultura de sua tribo. À esse fenômeno, chamamos de Aculturação.

Para aqueles ferrenhos defensores da cultura indígena, não precisam ficar preocupados: isso, de forma alguma, significa que a cultura da região está se sobrepondo à cultura da tribo. Eles conseguem muito bem conviver dessa forma sem perder sua identidade, assim como podemos nos mudar para outro país fazendo um intercâmbio sem jamais esquecermos que somos brasileiros, mesmo que deixemos de comer arroz e feijão todos os dias.


Diferente do que aconteceu na época das colonizações, em que a cultura do branco foi imposta aos indígenas por eles terem aquela ideia que muitos leigos ainda mantém de que possuem uma 'cultura superior' ao de 'seres tão primitivos', fenômeno esse conhecido por Etnocentrismo. Esse tipo de comportamento pode ser observado até hoje, quando alguém acha que os membros de uma determinada nação possuem menos inteligência, menos força, enfim, são inferiores em determinados pontos do que outras, o que é um absurdo: nos comportamos diferente, mas temos as mesmas capacidades. Lembrando que quando nos achamos inferiores do que outras raças, o fenômeno (e o erro) é o mesmo.

É bastante comum nos depararmos com elementos culturais diversos em uma determinada cultura, pois vivemos em um momento de globalização e "miscigenação" cultural. Muitas vezes se torna complicado perceber qual é a real origem de um elemento cultural, visto que a aculturação está se disseminando a níveis globais. Esse é um processo natural e deve ser encarado como um ponto positivo, mas é importante jamais esquecermos quem somos, nossa verdadeira identidade, pois nossa própria cultura constrói nosso caráter e nossa personalidade, e somos iguais nas nossas diferenças... como disse o sociólogo Boaventura de Souza Santos: "Tenho direito de ser igual quando a diferença me inferioriza. Tenho direito de ser diferente quando a igualdade me descaracteriza".


"Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta. Não há ninguém que a explique e ninguém que não a entenda". Cecília Meireles.

*Ouçam Imagine, do John Lennon, o eterno hino daqueles que sonham um dia com o real sentido da globalização: o respeito das diferenças raciais e o senso de igualdade entre os cidadãos de todo o mundo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Eu quero você.




Quero você
Deitado do meu lado e sorrindo
Olhando nos meus olhos, sentindo
Sabendo que agora é pra sempre
Que vai ser diferente
Sem distância, sem depois
Que vai ser só nós dois

Quero você como quem quer viver
Como quem quer respirar
Como quem quer se envolver
Como quem quer se encontrar

Quero e preciso do seu abraço
Me perder nesse enlaço e só.

Quero sentir seu perfume outra vez
E saber que não é só do meu coração
Que você está aqui, que é de verdade
E que hoje, só mais uma vez
Eu não tenho medo de ser toda emoção
E não tenho medo de sentir de verdade.

Quero você como quem precisa do agora
E que mesmo assim tudo demora
Essa agonia de não te ter...

Quero você
E todo mundo sabe
Logo se vê que não cabe
Tanta saudade dentro de mim.
E te espero cheia de amor, mesmo assim.

Ísis Brito


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sábado, 31 de março de 2012

A minha verdade.

Olha pra mim e decifra o que eu sinto, se for capaz.

Da mesma forma que você tem tanta lucidez para me julgar, deveria também ser capaz de saber o que está acontecendo aqui dentro.

Não, você sequer imagina.
Você não sabe o que eu passei até aqui, todas as experiências que eu vivi longe de qualquer observador, sozinha no meu quarto ou em qualquer outro lugar.

Você não sabe o que eu já pensei e já quis. Você não pode supor como me sinto. Nem mesmo eu própria consigo contabilizar o quanto já sofri e já sorri. Então quem é você para tentar me classificar? Para me rotular?

Hoje eu estou liberta de antigos preconceitos que eu carregava. Hoje eu estou livre. Justamente por sofrer na pele o que é ser pré-julgada por pessoas que não tem qualquer ideia de quem sou eu. Não, andar comigo não significa que me conhece. Ouvir minhas confidencias, tampouco.

Posso apenas te dizer que tudo aquilo que eu experimentei me transformou. E a pessoa que eu sou agora não vai ser aquela do futuro com certeza. Tudo é um ciclo, mas os rótulos que lhe pregam ficam para sempre na cabeça das pessoas medíocres, e você acaba carregando aquilo até que 'prove' o contrário, mas este não é o meu caso. Não vou provar nada para ninguém. Para quê (ou melhor, para quem) eu faria isso?

Esse é só um pequeno desabafo sobre algo que me incomoda muito: pessoas que cuidam da sua vida e te transformam numa espécie de 'exemplo do que não fazer'. Como se as minhas atitudes devessem ser estudadas por curiosos, como se eu quisesse ser exemplo de bom comportamento pra alguém. O ditado que diz 'Faça o que eu digo, não faça o que eu faço', bem, esqueça ele, não faça nada que eu diga ou faça, viva a sua vida e seja original, só pra variar...

**Ouçam My Truth, da Robyn, que diz sabiamente exatamente o que eu tentei falar aqui.
"My truth, your truth, his truth, her truth, it doesn't matter as long as is true!"

quinta-feira, 29 de março de 2012

A saber...


Aquelas pessoas que sofrem com o Transtorno Ansioso ou crises de Pânico, gostaria de publicar aqui a minha experiência pessoal nesses quesitos para que vocês se informem um pouco melhor sobre o assunto.


O que é e quais os sintomas eu já postei há alguns anos atrás (para lê-lo, clique aqui), agora quero apenas descrever no que deu toda a bagunça emocional.

Bom, ao ser diagnosticada com Transtorno Ansioso, passei a fazer terapia (que durou cerca de um ano com uma psicóloga show de bola) e a tomar um remédio de nome Citalopram (20mg, os quais foram ingeridos ao longo de dois anos) - nos primeiros meses eu tomava também meio comprimido de Alprazolam 5mg.

O psiquiatra, inicialmente, disse que eu poderia tomar esse remédio a vida toda, e eu interpretei mal. Assim como você, eu entendi que seria obrigada a tomá-lo todos os dias da minha vida para todo o sempre, mas não: ele quis dizer que minha relação com os remédios calmantes poderiam ser eternos, mas com pausas, uma vez que as crises vem e vão conforme minha situação emocional.

Eu já tomava há algumas semanas o Alprazolam quando comecei a tomar o Citalopram. Tive fortíssimas "reações adversas", tanto que achava que ía morrer e isso acentuou ainda mais o meu pânico*. Apenas continuei a tomar o remédio porque minha psicóloga me convenceu para tal... e aos poucos, depois de alguns dias, já não sentia qualquer mal estar vindo do remédio.

Meus amigos... o que eu presenciei por cerca de dois anos foi a possibilidade da vida perfeita. Assim que meu corpo se adaptou ao remédio, não só não senti mais qualquer sintoma de ansiedade (na verdade, algumas vezes no período da TPM me vinham sensações como friozinho no estômago, mas bem sutis), como tudo no mundo parecia caminhar da forma correta e todas as pessoas se tornaram agradáveis e compreensivas. Me senti mais corajosa, dei passos importantes na minha vida e até oportunidades (de emprego, por exemplo) surgiram para mim. Como se tudo na vida dependesse do seu estado de espírito, que por sua vez, depende do estado químico do seu corpo.

Os únicos momentos tensos para mim eram as vezes em que percebia que o remédio estava acabando e eu não tinha certeza se daria tempo de mandar manipular mais, já que a ideia de ficar sem eles me apavorava. Mas mesmo quando eu ficava um dia ou outro sem remédio, não sentia qualquer sintoma da ansiedade. Minha maior prova de que estava curada foi quando fiquei 4 dias sem eles e passei-os muito bem.

Eis que em dezembro do ano passado, eu não percebi que meu remédio estava acabando e, quando acabou, eu corri para o telefone para tentar marcar a consulta no psiquiatra para que ele, então, fizesse a receita para que eu pudesse ir correndo comprar. Mas descobri que ele estava de férias e todos os psiquiatras que eu pude contatar possuíam vaga para consulta apenas perto de Abril. "É o meu fim", pensei...

Pois bem, estou, desde então, sem o remédio (ou seja, quase 5 meses sem o remédio) e não tive nenhum sintoma de crise de ansiedade até agora. Nas primeiras semanas, eu me sentia levemente enfraquecida, como se estivesse 'gripando', mas isso sumiu. Porém, a vida se tornou cinza novamente... tudo parece difícil de novo, minha tolerância e paciência com as pessoas voltou a ser mais curta, voltei a ficar medrosa, voltei a ter problemas para dormir, a ter pesadelos, enfim, tudo voltou ao normal.

O remédio não gera dependência física e para todo mundo que me pergunta, eu recomendo. Mas que dá saudade dele, isso sim.

*Reza a lenda que ele me causou tanto mal estar nos primeiros dias por conta da minha dieta da época: eu era vegetariana e voltei a comer carne para diminuir o ritmo do meu organismo.

Agora estou um tanto confusa se devo ou não voltar a tomar... mas eu irei ter uma consulta com o psiquiatra para que ele decida o que é melhor para mim, de repente um simples fitoterápico já está de bom tamanho.

Espero ter ajudado alguém com essas dicas, elas são raras na internet e quem tem ansiedade, tem pressa para saber mais sobre essa doença...
O mais importante é ter plena consciência de que todas as sensações horríveis que sentimos está na cabeça e que se você se concentrar em outra coisa, elas somem. Trabalhar a mente é, muitas vezes, ainda mais vantajoso que trabalhar o corpo.

**Ouçam 'Spirit of the Plants', da Lisa Thiel. É um mantra muito bom para meditação, ajuda a diminuir a ansiedade, especialmente se aprender a cantar junto! :)



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sobre o namoro virtual...


Parece o relacionamento perfeito: o parceiro não tem contato com os seus defeitos, nem você com os dele. Você mantém sua privacidade, sua liberdade de ir e vir, e consegue deixar o outro livre para seguir sua própria vida também, desde que respeite o horário que combinaram de se encontrar. O sexo é sempre quente e perfeito, e uma áurea de idolatria paira no ar, como se aquele sentimento fosse uma espécie de platonismo. É, o namoro virtual tem dessas coisas boas, e é por isso que o número de casais virtuais cresce a cada ano.

O que você procura ao buscar um amor virtual, afinal? A aparência perfeita? A distância física segura de alguém mas que mantenha alguma intimidade verbal? Tudo isso ao mesmo tempo? Um relacionamento virtual pode, e aliás, costuma ter tudo isso, mas não se engane: quem busca apenas uma forma de suprir uma carência social, pode acabar conseguindo piorar a situação! Quando o computador é desligado, todo namoro virtual acaba e surge aquela sensação de que, “com tanto amor para dar, não tenho ninguém”.

A verdade é que é preciso ter o setor emocional muito bem desenvolvido para conseguir alimentar uma paixonite fantasiosa!
Para quem se considera preparado emocionalmente para encarar um amor virtual, é preciso ficar atento ao seguinte:
- Ao falar com alguém, tenha seus objetivos traçados: quer sexo virtual ou um relacionamento mais meigo? Se sua opção for o sexo, cuidado com a troca de imagens de webcam, pois estas podem ser gravadas e espalhadas pela internet! Opte por isso apenas quando conseguir confiar muito no outro, e para isso, é inevitável dar uma passadinha pela segunda opção: o relacionamento meigo. Tente dialogar sobre vários assuntos sem forçar a barra e deixando o papo fluir naturalmente. Num chat, procure fugir de pessoas cujos apelidos são ofensivos ou vulgares demais, pois uma pessoa com esse nick pode estar apenas afim de brincar, podendo facilmente mentir sobre tudo. Agora, se a ideia for justamente pura e desmedida diversão, tudo é permitido, desde que tenha o cuidado de preservar sua identidade, de não agredir o outro e nem cometer crimes virtuais, como é o caso da pedofilia.
- Jamais se esqueça que, se esse relacionamento passar para além do espaço virtual, que você pode vir a se decepcionar e muito. Digamos que as chances de decepção são maiores do que em relacionamentos normais, quando você tem o contato físico desde o inicio.

- Ouçam Vanbinnen, do Clouseau.

O tempo não pára



Desde o momento em que resolvi seguir os meus instintos, a minha vida tem valido a pena.

Distância, agonia, ciúmes, solidão, sim, esses sentimentos podem aparecer aqui e ali, mas ainda assim tudo valeu a pena, tudo fez bem.

A gente pode não ter certeza das coisas e deixar de viver por medo do que pode dar errado. Mas então não podemos reclamar quando nossa vida pára no tempo e fica estagnada, certo?

Eu lá vou sofrer com o que ainda não aconteceu?

O amor deve ser vivido intensamente, todos os dias, como se não houvesse outra escolha, como se fosse um remédio que você é obrigado a tomar. O amor jamais atrapalha seus planos profissionais, sua vida pessoal não fica bagunçada, tudo funciona melhor e não o contrário.

Eu optei por seguir os meus instintos. E não me arrependi não. Por tanto, esse é o meu conselho!

- Ouçam O Tempo Não Pára, de Cazuza.
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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Os olhos do mundo.



Os olhos do mundo enxergam tudo. Aquilo que você chama de 'consciência' nada mais é do que tais olhos, que enxergam até a alma, que enxergam qualquer mínimo detalhe - e que pune com a pior punição: a do arrependimento.


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